sábado, 23 de fevereiro de 2008

Conferência Educação e Justiça Social!








http://revistaescola.abril.com.br/online/cobertura/cobertura_270830.shtml
Projetos pedagógicos devem ser democráticos.
Na conferência Educação e Justiça Social, o pesquisador Carlos Alberto Torres, da Universidade da Califórnia, atentou para a importância da autonomia do professor na sala de aula.

“Não acredito em propostas político-pedagógicas elaboradas apenas por intelectuais.” Uma salva de palmas impediu o professor Carlos Alberto Torres de prosseguir seu raciocínio sobre a Educação como ato político. “É preciso haver a participação dos movimentos, da população, dos pais. Precisamos vincular ciência, consciência e experiência”, completou o palestrante, neste terceiro dia do Congresso Internacional Educação, Globalização e Cidadania, em João Pessoa (PB) Observado atentamente pela platéia, o pesquisador defendeu a reinvenção das instituições, levando em conta a ideologia, a ética e a originalidade. Esta última, diz Torres, não significa eliminar o que temos e recriar, mas olhar de outra maneira a situação que temos a nossa frente. “A fonte de sabedoria tem de ser reconsiderada e reconstruída – o saber é um diálogo paciente entre a sabedoria popular e o conhecimento científico”, disse. A educação da globalização Para o professor Torres, a Educação, como tem sido praticada, “produz desigualdade e legitima o privilégio”. Ele critica as políticas que prendem os professores a um projeto pedagógico baseado apenas em livros-textos. “Esse é um jeito de controlar a ação do professor, que deveria ser um intelectual público”, explica. Em seu entender, o que temos hoje é a Educação do trabalho – cujos interesses servem ao mercado. “Nós, educadores, não temos metodologia para dar respostas específicas a essa relação de Educação e trabalho”, afirma, convidando os participantes a estudar essas questões e se dedicar a criar novas respostas.

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