sábado, 28 de junho de 2008

Campo Escola forma alunos para o setor de exploração e produção de petróleo!













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Projeto Campo Escola, criado pelo Cefet-RN

Natal – A indústria do petróleo está em alta no Brasil. Segundo dados da Petrobras, foi registrado um aumento de 7% na produção petrolífera no último mês de maio, em relação ao mesmo mês de 2007. Com isso, a demanda por profissionais qualificados está em crescimento, o que atrai cada vez mais pessoas para essa área do mercado de trabalho.
Capacitar profissionais para o exercício de atividades ligadas à indústria petrolífera torna-se prioridade em todo o Brasil. Esse é, portanto, o grande desafio do projeto Campo Escola, que pretende capacitar profissionais para a área de petróleo por meio do aproveitamento e revitalização de campos não- econômicos para grandes produtores como a Petrobras.
O Campo Escola, programa que visa à apropriação de tecnologia no setor petrólífero pelas instituições federais de ensino, é resultado de uma parceria entre o Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte (Cefet-RN), Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), estado do Rio Grande do Norte e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), contando ainda com a Petrobrás como empresa “amiga do projeto”.
Implantado no Rio Grande do Norte em dezembro de 2005, o projeto tem o objetivo de formar mão-de-obra especializada para o setor de exploração e produção de petróleo e gás natural a partir da utilização dos campos de petróleo não-econômicos. Essa capacitação, associada à transferência de tecnologia na forma de prestação de consultoria pelas instituições federais de ensino permitirá que sejam criadas as condições adequadas para que empreendedores nacionais possam implantar pequenas empresas na área e absorver os campos não-econômicos, aumentando a empregabilidade na região.
“Esse é o grande ponto que devemos destacar no Campo Escola, tanto capacitar alunos quanto propiciar as condições para que pequenas companhias de produtores de petróleo nacionais venham a florescer”, afirma o professor do Cefet-RN Nivaldo Junior, um dos coordenadores do programa. Segundo ele, essa formação adequada de trabalhadores na área tem, dentre seus principais objetivos, aproveitar profissionais locais na indústria petrolífera, em vez de trazê-los de outras regiões ou mesmo de fora do país. “Além de gerar empregos diretos e indiretos, o projeto vai ao encontro da oferta de qualificação em sintonia com os arranjos produtivos locais”, ressalta.
O Rio Grande do Norte, Amazonas, Ceará, Alagoas, Sergipe e Espírito Santo são os estados que mais produzem petróleo no Brasil, em terra. “As instalações do projeto no município potiguar de Apodi já estão em fase de finalização, sendo esperada a sua inauguração para breve”, afirma o diretor da ANP, Newton Monteiro Reis, que esteve em Apodi para conhecer o estágio atual do programa.
Quando estiver em pleno funcionamento, daqui a uns três meses, o campo servirá de espaço para aulas práticas dos alunos de cursos relacionados à área petrolífera tanto do Cefet-RN quanto da UFRN, bem como para a realização de pesquisas aplicadas.
“Pretendemos, também, desenvolver, aperfeiçoar e disseminar tecnologias para a produção racional de petróleo e do gás natural para atender aos pequenos produtores que desejam se instalar na região”, diz o professor Nivaldo. Segundo ele, com essa ação, haverá condições para o empreendedor nacional competir com as empresas estrangeiras.
Assessoria de Imprensa da Setec

ProInfo: 92% dos municípios já aderiram!




http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=10782

O Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) já registrou a adesão de 92% do municípios brasileiros. Destinado a promover o uso pedagógico da informática na rede pública de educação básica, o ProInfo é resultado de ampla parceria entre governo federal, estados e municípios. Do total de 5.561 municípios, apenas 432 não fizeram ainda a adesão ao programa.
Ao assinar o termo de compromisso com o ProInfo, os prefeitos podem selecionar as escolas que irão receber laboratórios de informática. Licitados em dezembro de 2007, no maior pregão para aquisição de computadores da história do programa, 12 mil laboratórios estão sendo distribuídos para escolas públicas de todo o país este ano. Além disso, está previsto para o segundo semestre deste ano o lançamento de edital para a compra de mais 29 mil laboratórios de informática.
Para aderir ao programa e escolher as escolas que serão beneficiadas, é necessário seguir três etapas: enviar termo de adesão, efetuar cadastro e selecionar escolas. Vale ressaltar que este ano as prefeituras terão de enviar fotos das escolas e dos laboratórios para serem aprovados. Confira o passo a passo de todo o processo de seleção de escolas e adesão ao programa.
Na primeira etapa, nove mil laboratórios serão destinados às escolas de 5ª a 8ª séries localizadas em áreas urbanas e com mais de 100 de alunos. Os outros três mil laboratórios serão entregues às escolas de 5ª a 8ª séries localizadas em áreas rurais e com mais de 50 alunos.
Os novos computadores já dispõem de roteador wireless (internet sem fio). Os equipamentos possuem também o sistema operacional Linux Educacional, software livre criado especialmente para as escolas brasileiras, contendo diversas ferramentas de produtividade.
Capacitação — Segundo o secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação, Carlos Eduardo Bielschowsky, o ProInfo é composto de três ações básicas: infra-estrutura, capacitação de professores e conteúdos digitais. “Queremos garantir uma sala de aula mais dinâmica e, para isso, além de entregar os computadores, lançamos o Portal do Professor, e vamos capacitar 100 mil professores até o fim do ano”, explicou.
Renata Chamarelli

domingo, 15 de junho de 2008

Pedagogia da vontade!















Virou rotina me perguntar que diabos faço por aqui. Para onde foi o prazer de viver o dia, de conversar com as pessoas, de acordar e dormir agradecida, de me revoltar com as injustiças, de querer mudar o mundo para melhor, de acreditar no outro e em Deus? Quando foi que tudo mudou? Quando foi mesmo que passei a contar os dias que faltam para a minha aposentadoria?
Não sei. Só sei que me encontro assim, fazendo tudo por fazer. Quando, tarde da noite, volto para casa, fico desconfiada achando que não fui eu quem pegou ônibus, planejou, atravessou ruas, fez reuniões, deu aulas. Passo a ser eu mesma quando saio de mim. Não vou conseguir fazer as mesmas coisas amanhã! E amanhã, lá vou eu fazendo as mesmas coisas, do mesmo jeito, sem tirar nem por.
O que muda de vez em quando? Uma simples pergunta: “Professora, quer lamber ou quer chupar?” Naquele momento, vejo o adolescente com as calças nos joelhos e a bunda de fora voltada para minha cara envelhecida e triste. Que pedagogia é capaz de reverter essa situação? O uso da palmatória? Uma denúncia ao Conselho Tutelar? Uma conversa com os pais que não existem? Pegar os livros e voltar chorando para casa? Tirar também a roupa e dá-lhe uma cantada como troco? Desistir dessa profissão?
Continuo a não fazer nada. Juro que se ganhasse na mega sena, arrumasse um trabalho de escritório ou um homem que me sustentasse, deixaria de ser professora. Não suporto mais contar moedas logo na primeira semana de pagamento e inventar que estou doente porque os vales transporte acabaram.
O que ando ensinando para a humanidade? Como levar um menor infrator a entender que esse mundo é mesmo assim, desigual? Que ele não pode sair por aí roubando veículos ou assaltando pessoas com a desculpa de que quer levar sua “boyzinha” para um “giro legal” como tão frequentemente fazem muitos meninos por aí, pelas baladas da zona sul. Que ele tem mais é que agradecer a Deus o fato de estar vivo pra lutar e conseguir através do seu esforço e que somente estudando ele vai conseguir. Mas nós dois sabemos que as coisas não acontecem dessa maneira.
Como ensinar a humanidade a ser realmente humana? Como dizê-la que não existe nada de comum no fato de presenciar muitas crianças descalças nos semáforos à meia noite? Como ensinar a humanidade a ser realmente humana quando essa humanidade que senta nas carteiras escolares e carrega livros cansou de sonhar? Seus sonhos só são alimentados à base de crack, cola, maconha ou álcool.
Não tem jeito não. É baboseira falar de sentimentos sem que se tenha uma cifra pelo meio. O respeito anda abraçado às etiquetas e marcas do mercado. As palavras têm cheiro de indiferença e individualismo: “Eu tenho, eu sou, eu posso”. Até livros célebres escreveram sobre o segredo de voltar-se para si. É sucesso de venda! E o diálogo, restrito ao orkut ou msn que engolem palavras, não diz nada: é bejim, xau xau, aunnnnn, add, xerim... O que é aquilo???
Aí vem a diretora, coordenadora e supervisora andando pelos corredores, olhando o relógio, batendo a sineta, cortando pontos, planejando nos quinze minutos de intervalo, porque a escola não pode parar, tem que ter aula todo dia, até aos sábados e quando os índices de evasão e repetência aparecem, a culpa é do professor. Ele não estimula o aluno a aprender, ele não segue Paulo Freire, Piaget, Freinet... ele não constrói o saber, ele ignora a realidade vivenciada pelos mais de cinquenta alunos das treze turmas que leciona.
Ora, qual é mesmo o nome daquele aluno que desceu às calças em sala de aula? Terá sido aquela atitude um ato de revelia contra a hipocrisia da escola, tão cheia de teorias, regras e disciplina, inserida num mundo onde seus valores e atitudes já não são tão fundamentais?
Nesse contexto de lamúrias, apatia e desilusões, alguém aponta um caminho, num construir constante de nobres procedimentos. Com um guarda-chuva gigante debaixo do braço e uma velha bolsa manchada de giz no outro, ele caminha todos os dias da parada da rodoviária até a escola.. Nunca deu sinal de cansaço, ficando um pouco mais na sala dos professores. Nem bem a sineta toca, lá vai o professor de matemática para a sala de aula. Os alunos costumam dizer que ele já entra como giz na mão. No vespertino, dá aula ao Ensino Médio, à noite às turmas da EJA. No intervalo entre os dois turnos se faz voluntário na preparação para o pró-cefet. Aos sábados promove aulões para aqueles que irão prestar vestibular. Quando surge algum concurso público ele prepara a comunidade para enfrentar o referido processo. Fica triste quando a frequência é mínima, mas não desiste e continua, mesmo quando surge um só interessado.
Na sua luta, ele percorre os sebos da cidade e compra livros, vai às escolas da rede privada e cursinhos e compra módulos mais atualizados.
Mas que matemática, ele ensina como persistir nessa missão. Com lágrimas nos olhos, disse-me como não desistir: “É preciso continuar acreditando. Esses meninos precisam desesperadamente da nossa ajuda. Há de existir nisso tudo pelo menos um exemplo de conquista para os demais. É preciso mostrar que é possível. Se a gente não faz, quem vai fazer? Aqueles que acham que a escola pública é um caso perdido? Minha família é essa daqui, meus filhos são esses meninos e meninas daqui”.
Foram essa palavras do professor Francisco que me fazem, ainda hoje, atravessar a linha do trem que me leva à escola do bairro Bom Pastor, todos os dias. Graças a ele, descobri o que ando fazendo por aqui.

Fátima Abrantes
Professora da Escola Estadual Jean Mermoz

sexta-feira, 13 de junho de 2008

UFRN cria 16 novos cursos para o vestibular 2009!















http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=10649
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte acaba de aprovar a criação de 1.643 vagas para o vestibular de 2009 e a criação de 16 novos cursos a partir do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
O coordenador-geral de Expansão e Gestão das Instituições Federais de Ensino Superior do MEC, Marcos Aurélio de Souza Brito, explica que essas aprovações fazem parte do processo de implantação do Reuni nas Universidades. “No ano passado, antes da adesão da UFRN ao Reuni, o conselho universitário aprovou o projeto da Instituição, agora eles efetivaram a criação dos cursos e das vagas”, explicou.
A Universidade oferece, hoje, 55 cursos de graduação presencial para 20.417 estudantes. Um dos cursos aprovados é o Bacharelado em Ciência e Tecnologia, que adota um novo modelo de formação acadêmica. O curso terá duração de três anos e depois o aluno escolhe uma formação específica em ciências exatas ou tecnologia. Segundo o projeto Reuni da instituição serão ofertadas anualmente cerca de 1 mil vagas.
Também foram aprovados os cursos de dança; publicidade e propaganda; licenciatura em dança; engenharia florestal; ciências atuariais; gestão em sistemas e serviços e saúde; fonoaudiologia; letras-habilitação em língua espanhola e literaturas; design e gestão e políticas públicas, no Campus Central, localizado em Natal. No interior serão oferecidos os cursos de bacharelado em geografia e história, letras-habilitação em língua espanhola e literaturas, e sistema e informação, no Campus CERES, localizado na cidade de Caicó; nutrição e fisioterapia, na cidade de Santa Cruz e engenharia florestal no Campus de Jundiaí.

Levantamento por regiões e estados mostra evolução na qualidade da educação básica!






















O índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) cresceu em todas as etapas do ensino entre 2005 e 2007. Os dados, divulgados nesta quarta-feira, 11, apontam que o país foi mais longe na primeira edição do Ideb após o lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). A meta de 2009 já foi alcançada.
Na quarta série do ensino fundamental, a nota foi 4,2, prevista para ser alcançada somente em 2009 — a meta de 2007 era chegar a 3,9. Já na oitava série, a nota foi 3,8, que superou a previsão para 2009, de 3,7. No ensino médio, o Ideb alcançou 3,5, meta também prevista para o próximo ano.
Entre as regiões, destaca-se o Nordeste, que ultrapassou as expectativas para 2009 nos três níveis da educação básica, com destaque para as séries iniciais. A nota passou de 2,9 em 2005 para 3,5 em 2007, bem acima da meta, de 3,0. As demais regiões também apresentaram crescimento variável em cada etapa do ensino. No Sudeste, o Espírito Santo ultrapassou as metas de 2007 nas séries iniciais do ensino fundamental, com o índice de 4,6 (meta de 2009), e nas séries finais, com 4, também prevista para o próximo ano. No ensino médio, alcançou 3,6, um pouco abaixo da média esperada para 2007, de 3,8.
Na Região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul superou os índices previstos para 2007 e 2009. Nas séries iniciais, obteve nota 4,3 (para 2007 era 3,6; para 2009, 4). Nas séries finais, alcançou 3,9, para uma previsão de 3,4 em 2007 e de 3,5 em 2009. No ensino médio, a nota foi 3,9 (a meta de 2009 era de 3,4).
O Paraná, na Região Sul, superou as metas de 2009 nas séries finais do ensino fundamental, ao obter 4,2 (para 2007, 3,6; para 2009, 3,7); no ensino médio, com 4 (2007, 3,6; 2009, 3,7), e nas séries iniciais do ensino fundamental, com 5, índice previsto para o ano que vem.
Na Região Norte, o Amazonas aparece no Ideb com notas superiores às projetadas para 2009. Nas séries iniciais do ensino fundamental a nota é 3,6 (2007, 3,1; 2009, 3,5); nas séries finais, 3,3 (2007, 2,8; 2009, 2,9); no ensino médio, 2,9 (2007, 2,4; 2009, 2,5).
Salto — Estão no Nordeste os estados com os maiores saltos de qualidade na educação básica alcançados na avaliação de 2007. Alagoas, por exemplo, superou as metas de 2009 nas séries iniciais e finais do ensino fundamental. A nota do estado nas séries iniciais foi 3,3 (2007, 2,6; 2009, 2,9) e nas séries finais, 2,7 (2007, 2,5; 2009, 2,6). No ensino médio, a meta era 3, e o estado obteve 2,9.
O Rio Grande do Norte também aparece com destaque. Nas séries iniciais, obteve 3,4 (2007, 2,8; 2009, 3,1) e nas séries finais, 3,1 (2007, 2,9; 2009, 3). No ensino médio, com nota 2,9, atingiu a meta.
Também o Piauí superou as metas no ensino fundamental. Nas séries iniciais, chegou a 3,5 (2007, 2,9; 2009, 3,2) e nas séries finais, 3,5 (2007, 3,1; 2009, 3,3). No ensino médio, ficou próximo da meta — obteve 2,9 para uma previsão de 3,0 em 2007.

Assessoria de Comunicação Social
Confira os resultados do Ideb 2007

combate ao trabalho infantil !

















http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=10691
Criar um sistema de notificação das violações dos direitos das crianças dentro da rede pública de ensino é uma das decisões do Seminário Educação e Trabalho Infantil, que reuniu, em Brasília, representantes de órgãos dos governos federal, estaduais e municipais e de organismos internacionais para discutir formas de reconhecimento e combate ao trabalho infantil. O seminário terminou nesta quinta-feira, 12.
De acordo com o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, André Lázaro, a decisão do seminário é que o MEC, junto com as redes de ensino, estabeleça um sistema de identificação e notificação das violências a que crianças são submetidas. O desafio, explica, é estabelecer um fluxo para que cada violência percebida no ambiente escolar seja notificada e encaminhada para solução. Segundo o secretário, essa responsabilidade não é só do professor, mas da comunidade escolar inteira e, principalmente, dos governos.
Dados da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) mostram que desinteresse súbito nas aulas, falta de atenção, notas baixas, criança que não faz o dever de casa constituem indicativos de que alguma violência pode estar acontecendo. Mas para identificar isso e saber como agir, explica o secretário, a escola precisa estar preparada.
Além do programa Escola que Protege, que forma profissionais da educação sobre os tipos de violações dos direitos das crianças, outra decisão do seminário é estender o Mais Educação, que atende os alunos no turno após as aulas regulares, aos territórios onde crianças e adolescentes estão mais sujeitos a riscos sociais. De acordo com André Lázaro, a cidade de Salvador é um destes territórios. Na Bahia, explica, cerca de 500 mil crianças são vítimas de violência, trabalho infantil, abuso sexual.
OIT — Nesta quinta-feira, 12, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto que regulamenta a 182ª Convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 17 de junho de 1999, denominada Convenção sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil. Nos 16 artigos, a convenção prevê uma série de compromissos dos estados que a subscrevem com suas crianças e, no artigo 2º, define que o termo criança será aplicado a toda pessoa menor de 18 anos.
As piores formas de trabalho infantil, segundo a 182ª Convenção, compreendem: todas as formas de escravidão (venda e tráfico de crianças, sujeição por dívida, servidão, trabalho forçado ou compulsório, recrutamento para conflitos armados); utilização e oferta de criança para a prostituição, produção de material pornográfico ou espetáculos pornográficos; utilização, demanda e oferta de criança para atividades ilícitas, particularmente para o tráfico de drogas; trabalhos que, por sua natureza ou circunstâncias em que são executados, possam prejudicar a saúde, a segurança e a moral da criança.
Políticas — O Ministério da Educação participa de uma série de políticas desenvolvidas pelo governo federal, em parceria com organismos internacionais, estados, municípios, entidades empresariais e sindicais, para retirar crianças e adolescentes do trabalho e trazê-los para a escola.
Entre essas políticas, destaca-se o Programa Escola Aberta, executado em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O MEC transfere recursos direto às escolas para mantê-las abertas aos sábados e domingos e receber os estudantes, suas famílias e a comunidade, e oferecer atividades de cultura, esportes, lazer. O objetivo da ação é aumentar a inclusão social, retirar crianças e jovens da rua, ampliar as relações escola e comunidade, desenvolver a cultura de paz. Neste mês, 1.952 escolas em todos os estados estão no programa.
O Bolsa-Família é outro programa criado para assegurar a permanência de crianças e adolescentes na escola. Famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza recebem uma bolsa mensal para manter os filhos na escola. O programa tem seis anos e, desde 2006, atende a 11,1 milhões de famílias, identificadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) nas faixas da pobreza.
Já o Escola que Protege faz formação continuada de professores e dos profissionais da escola para a abordagem e identificação da violência no ambiente escolar, nas famílias dos estudantes e na comunidade onde eles vivem. O programa prepara a escola para o enfrentamento da violência, para acolher o aluno vítima dessa situação e encaminhá-lo, quando necessário, para assistência social. Até o final de 2007, o programa construiu parceria com 22 universidades federais e estaduais. Elas prepararam 15.400 profissionais da educação para identificar abusos contra crianças.
O programa Mais Educação expande o tempo de permanência dos estudantes na escola. Eles recebem alimentação e participam de atividades de cultura, esporte, lazer, reforço escolar no contraturno. O objetivo é reduzir a evasão e a reprovação de crianças e adolescentes.
O Programa Unificado da Juventude (Projovem) reúne seis ações do governo federal voltadas para a formação social e profissional de jovens de baixa renda e escolaridade, na faixa de 15 a 29 anos. No programa, os jovens são reintegrados ao processo educacional, recebem qualificação profissional e têm acesso a atividades de cultura, esporte e lazer.
A realidade — Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) colhidos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), relativos a 2006, indicam que naquele ano 5,1 milhões de crianças e adolescentes de cinco a 17 anos trabalhavam no país. A Pnad registra que esse número é 0,7% menor que o apurado em 2005. No mundo, segundo estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 165 milhões de pessoas, entre cinco e 14 anos, são vítimas do trabalho infantil.

Ionice Lorenzoni

domingo, 8 de junho de 2008

CCJ aprova abono de falta para aluno artista ou atleta,universitário!
















http://www2.camara.gov.br/homeagencia/materias.html?pk=103959
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou na quarta-feira (23) o Projeto de Lei 7414/02, do deputado Jovair Arantes (PSDB-GO), que prevê o abono de faltas para estudantes universitários que participem periodicamente de competições desportivas ou exerçam atividades artísticas itinerantes.A proposta permite a esses alunos fazerem exercícios e trabalhos em casa como forma de compensar a ausência involuntária às aulas.O relator, deputado Roberto Magalhães (PTB-PE), apresentou parecer pela constitucionalidade da proposta.Para o autor do projeto, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, lei 9.394/96) comete uma injustiça ao impor a professores e alunos a obrigação da freqüência às aulas sem concessões de qualquer espécie, tratando "os desiguais como iguais". Arantes argumenta que muitos estudantes são obrigados a trabalhar, e a lei não faz distinção entre os que exercem atividade itinerante e os que trabalham em local fixo, podendo ter participação direta nos trabalhos acadêmicos.Entre os beneficiários do projeto estão os atletas profissionais ou amadores que participem de competições oficiais no País ou no exterior; os integrantes de caravanas de rodeio; e artistas de espetáculos e grupos teatrais.TramitaçãoO projeto segue para o Plenário.
Agência CâmaraTel. (61) 3216.1851/3216.1852Fax. (61) 3216.1856E-mail:agencia@camara.gov.br