quinta-feira, 31 de maio de 2007

A Tradição e a Renovação


As ordens religiosas, sobretudo a dos jesuítas, foram as instituições que primeiro se dedicaram ao ensino no Brasil.
No Rio Grande do Norte, o processo educativo começou quando foram instaladas as vilas, que ficaram sob a administração dos missionários, inclusive com a tarefa da instrução civil e religiosa.
As meninas foram excluídas do ensino.
Quando as missões religiosas foram extintas, o missionário foi substituído pelo mestre-escola nas sete vilas que existiam no Rio Grande do Norte.
Em 1827, surgiram as primeiras escolas primárias. Foram duas: uma pertencia a dona Francisca Josefa Câmara e a outra, a Francisco Pinheiro Teixeira.
As primeiras escolas do interior surgiram dez anos depois: São José de Mipibu, Princesa, Goianinha, Arês, Touros, Mossoró, Acari, Apodi.
Em 1834, o ensino primário foi desmembrado do secundário, e os governos provinciais passaram a manter os cursos chamados de "Humanidades" ou "Aulas Maiores".
Basílio Quaresma Torreão fundou o Ateneu que passou a funcionar no dia 3 de fevereiro de 1834. Basílio Quaresma escolheu o nome da escola, da versão portuguesa de Athénaion. Como explicou Câmara Cascudo, "no Ateneu de Atenas os poetas liam os poemas e os historiadores o relato das jornais pelas terras estranhas e misteriosas".
O Ateneu passou a funcionar numa dependência do Quartel do Batalhão de Linha, porque o prédio estava desocupado. Foi extinto em 1852. O presidente da Província, Antônio Bernardo de Passos, fez a escola voltar a funcionar em 1856, mas só se considerou a partir de 1º de março de 1859, quando o presidente Nunes Gonçalves instalou-a num edifício novo.
No dia 11 de março de 1954, reinstalou-se o Ateneu em um prédio moderno, em forma de X, com um ginásio coberto, para a prática de esportes e de educação física, graças aos esforços do professor Severino Bezerra de Melo, diretor do Departamento de Educação, e do interesse do governador Sylvio Pedrosa, em cujo governo a obra foi concluída. O nome foi modificado para Instituto de Educação porque se pretendia, de fato, fazer funcionar um instituto de Educação, inclusive com um Grupo Escolar Modelo. Essa proposta não foi concretizada na sua totalidade. O Ateneu absorveu tudo. Conforme Chicuta Nolasca Fernandes, "a Escola Normal ocupou uma perninha do X, exatamente onde nem sequer havia sanitários. "Por essa razão, ela desabafou: "A Escola Normal era uma hóspede indesejável no Ateneu". E numa entrevista com Sylvio Pedrosa fez reivindicações. Como conseqüência dessa conferência, o governo construiu outro edifício,
destinado à Escola Normal, Escola de Aplicação e Jardim Modelo, formando um novo Instituto de Educação.
O ensino que visava preparar professores, para lecionar no ensino primário, teve um começo dos mais difíceis. A primeira Escola Normal, criada pelo presidente João Capistrano Bandeira de Melo Filho, foi inaugurada no dia 1º de março de 1874, funcionando numa dependência do Ateneu, sendo extinta pelo presidente José Nicolau Tolentino de Carvalho.
Foram criadas, outras duas escolas normais. Ambas, entretanto, não chegaram a funcionar. A quarta Escola Normal foi a que frutificou, segundo Câmara Cascudo. Fundada em 24/4/1908, como a primeira, anexada ao Ateneu até 1910.
A 2 de janeiro de 1911, iniciou os seus trabalhos no prédio do Grupo Escola Augusto Severo.
Em março de 1966, no governo Aluízio Alves, a Escola Normal, após ser "hóspede" do Instituto de Educação e funcionar na praça Pedro Velho, foi transferida para novas instalações, em Lagoa Nova, com linhas arquitetônicas modernas, passando a se chamar Instituto Presidente Kennedy. Inaugurado quando o senador norte-americano Roberto Kennedy veio a Natal.
Revolução no ensino primário, em Natal, foi realizado pela Campanha 'De Pé no Chão Também se Aprende a Ler", na administração Djalma Maranhão (61/64).
Em 1962, Djlama Maranhão fundou o Centro de Formação de Professores, com o Ginásio Normal e o Pedagógico.
Na administração do prefeito Tertius César Pires Rebello, o Centro passou a se chamar Instituto Municipal de Educação,
O ensino normal teve seu grande momento em 1966, quando o professor Alberto Pinheiro de Medeiros, diretor do IME, idealizou uma semana do normalista, promovida em conjunto pelas Escolas Normais de Natal. Contou, de imediato, com o apoio da professora Chicuta Nolasco Fernandes, diretora do Instituto Presidente Kennedy.
Participaram do evento o Instituto Municipal de Educação, Instituto Presidente Kennedy, Instituto Nossa Senhora Auxiliadora e o Colégio Imaculada Conceição. A 1ª Semana do Normalista Conjunta , ocorreu no período de 10 a 14 de outubro de 1966. Houve desfile, conferências, debates e jogos. Foi encerrada, solenemente, com um festival artístico, no Teatro Alberto Maranhão. Circulou um jornal. "O normalista", que publicou trabalhos das alunas.
Voltando a falar sobre o Ateneu, é preciso dizer que o nome Instituto de Educação teve curta duração. Passou, pouco depois, a se chamar Colégio Estadual do Rio Grande do Norte, porém, no dia 3 de fevereiro de 1959, durante o governo de Dinarte Mariz, recebeu a denominação de Colégio Estadual do Ateneu Norte-Rio-Grandense.
Desde os primeiros tempos, o Ateneu se tornou um centro de cultura, como disse Tarcísio Medeiros: "em derredor da vida docente e discente do Ateneu, pode-se dizer sem susto, criou-se e expandiu-se a cultura potiguar. Os alunos graduados por ele formaram instituições outras que existem até hoje. Criaram centros literários, jornais e associações nos quais imprimiram culto de moral e civismo".
Após a proclamação da República, o ensino progredia, abrindo, inclusive, novas oportunidades às pessoas do sexo feminino. Em 1903, as primeiras mulheres prestam exames de Humanidades, no Ateneu. Algumas mulheres se destacaram na vida intelectual potiguar: Isabel Gondim, Dionísia Gonçalves Pinto (Nísia Floresta) e Auta de Sousa.
O século XX marca o aparecimento de outras escolas. Em Natal: Colégio da Imaculada Conceição (1901), Colégio Diocesano Santo Antônio (1903), Colégio Nossa Senhora das Neves (1932). No interior: Colégio Coração de Maria (Mossoró - 1912), Colégio Santa Terezinha do Menino Jesus (Caicó - 1952), Colégio Santa Águida (Ceará-Mirim - 1937), Colégio Nossa Senhora das Vitórias (Açu - 1927), etc.
A 10 de setembro de 1914, foi criada a Escola Doméstica, a primeira do Brasil na sua especialidade, sendo um de seus fundadores, Henrique Castriciano de Sousa e contava no seu corpo docente com professoras francesas, inglesas, norte-americanas e suíças. O corpo discente era formado também por alunas vindas de outros Estados, porém, a maioria das alunas eram jovens de famílias interioranas, filhas de fazendeiros, comerciantes e criadores.
Em 24 de junho de 1917, surgiu uma instituição que desempenhou grande influência na formação moral e cívica da juventude natalense: "Associação dos Escoteiros do Alecrim", fundada por um grupo de idealistas (Luís Soares Correia de Araújo, Elói de Souza, Meira e Sá, Henrique Castriciano, Moisés Soares e Monteiro Chaves).
O ensino fundamental começou a ser ministrado no século XX, com a fundação da Escola do Comércio de Natal, no dia 8 de dezembro de 1919. E, sob a inspiração do segundo bispo de Natal. D. Antônio dos Santos Cabral, foi instalada a Escola Feminina de Comércio, que teve uma experiência efêmera. Depois, surgiu outra, que funcionou no Colégio Imaculada Conceição, em 1932. Três anos depois, Mossoró instalava uma escola de comércio. No ano de 1940, o Colégio Nossa Senhora das Neves ganhava a sua.
O crescimento do ensino nessa área culminou com a criação de duas escolas de nível superior. Em Natal, foi fundada a Faculdade de Ciências Econômicas e Contábeis (1957). Um pouco depois, 1961, a União Caixeiral de Mossoró fundou a Faculdade de Ciências Econômicas.
O primeiro estabelecimento de ensino superior, entretanto, foi fundado em 1923, pelo decreto nº 192: Faculdade de Farmácia, que conseguiu formar apenas dois alunos. Álvaro Torres Navarro e José de Almeida Júnior, fechando logo depois. Um de seus professores, contudo, Varela Miranda, criou um produto que ainda hoje é comercializado com o nome de "Sanarina".
Após 1934, o ensino secundário passou por algumas transformações, até chegar o ensino de primeiro grau e de segundo grau.
Nessa época, somente os estudantes filhos de pais ricos ou que pertenciam a uma família que tivesse bons recursos financeiros poderiam estudar em faculdades, em outras capitais do Nordeste ou mesmo do Sul do País.
Acontece que Natal passou por grande mudanças, devido à Segunda Guerra Mundial, possibilitando, como disse Itamar de Souza, "às elites locais um intercâmbio como personagem de uma cultura, mais cosmopolita. (...) A guerra desprovincializou Natal".
Outro fator importante: o movimento operário cresceu no País, com os deputados federais debatendo na Câmara questões sociais, com reflexos no Rio Grande do Norte. Cresceu, em Natal, o prestígio de Café Filho nas classes mais humildes, José Augusto de Medeiros, adversário político de João Café Filho, eleito governador do Estado, criou a 1º de maio de 1925, numa solenidade realizada no Teatro Carlos Gomes (hoje Alberto Maranhão), a primeira universidade popular do Rio Grande do Norte. As aulas eram administradas através de conferências, sendo assistidas por grande número de operários.
Surgiram, posteriormente, as universidades populares de Goianinha e a de Touros, ambas em 1925.
Em 1944, por iniciativa de D. Marcolino Dantas, o curso de Filosofia dos padres salesianos, que era ministrado em Jaboatão (PE), foi transferido para Natal. Tratava-se, como disse Itamar de Souza, "do Instituto Filosófico São João Bosco, destinado a formar os clérigos salesianos em filosofia, ciências e letras". Esse instituto funcionou até 1959.
Atualmente, no Colégio Santo Antônio (Marista) funcionava o Curso Superior de Ciências Religiosas, do Instituto de Humanidades Marcelino Champagnat, pertencente à Universidade Católica do Paraná. O curso é dirigido pelo irmão Inácio Ferreira Dantas.

Organização Sindical no RN após a Revolução de 1930


Organização Sindical no RN após a Revolução de 1930
organizacao-p.htmorganizacao-p.htm (Por Aristóteles Estevam de Medeiros Filho – Aluno do período 99.1) Café Filho, perseguido pelos oligarcas da República Velha, militava no movimento sindical do Estado. Mas por perseguição do governo Juvenal Lamartine, tem que se refugiar no vizinho Estado da Paraíba.
Articulador da Revolução de 30 na Paraíba, na volta ao RN como a Revolução vitoriosa cria grande expectativa junto ao operariado, vez que, conforme se presumia, Café Filho iria dar amplo apoio àquela classe. Até mesmo o PCB mostrava-se confiante na volta do antigo líder da classe sindical do Estado.
Porém, as coisas começam a modificar-se. Café, perseguido implacavelmente pelos conservadores oligárquicos do governo anterior, passa de "caça ao caçador". Apoiado no Decreto Federal n.º 19.770, que controlava a criação e funcionamento dos sindicatos (era preciso uma espécie de autorização para o seu funcionamento), Café Filho, real representante dos ideais de controle dos trabalhadores varguistas, impede e nega, mesmo sendo diversas vezes requerido, autorização para que outras tendências sindicais - ligados ao PCB - consigam autorização para o funcionamento dos sindicatos que não recebessem orientação cafeísta e não comungassem com a política de Getúlio Vargas.
O sindicalismo norte-rio-grandense seria polarizado entre os que seguiam Café e os que apoiavam os comunistas. No entanto, somente os cafeístas adquiriram a "legalidade" para o funcionamento de seus sindicatos. Criam-se, portanto, os sindicatos independentes que funcionam basicamente na ilegalidade e que são escorados na União Geral do Trabalhadores, que dava suporte e que aglutinava os trabalhadores dos diversos ramos do Estado, com tendência comunista.
Neste sentido, Mossoró, cidade eminentemente comercial e salineira, e que absorvia uma mão-de-obra que oscilava ente 5 a 8 mil trabalhadores, é palco da mais alta organização sindical do Estado, onde os trabalhadores, seguindo a orientação do PCB ampliam essa organização por diversos municípios da região Oeste. O surgimento dos sindicatos de Mossoró e outras cidades próximas decorreu do próprio movimento comunista.
Portanto, o que podemos perceber é que a organização sindical que estivesse marginal ao decreto seria violentamente reprimida por Café Filho. Foi o caso do "Sindicato do Garrancho" - movimento sindical obrigado a reunir-se clandestinamente em lugares ermos, daí seu nome.
A perseguição aos sindicatos comunistas acentuou-se, ao ponto da organização começar a discutir o destino a ser seguido. Começam a aparecer rumores da existência de um movimento sob a liderança de PCB nacional, que pretendia, através da força, destituir o Presidente Vargas. Decide-se então, aqui na região de Mossoró, que o PCB, independentemente da orientação regional, desse início a um movimento guerrilheiro como ação preparatória ao movimento de insurreição nacional, que amadurecia. Era o início da guerrilha no vale do Açu. (Ver A Guerrilha do Açu).
A greve dos operários da estrada de ferro de Mossoró, que reivindicavam aumento de 100%, incita outras categorias, especialmente os salineiros de Mossoró e Macau, que também aderem ao movimento. Os empresários, temendo que o movimento considerado de caráter extremista ganhasse proporções maiores, atendem os pleitos apresentados.
Esse seria o primeiro ato do dramático Levante Comunista de 1935.
Favor citar da seguinte forma:
MEDEIROS FILH0, A E. de. Organização sindical no Rn, após a Revolução de 1930. História do RN n@ WEB [On-line]. Available from World Wide Web:
Referências Bibliográficas
COSTA, Homero de Oliveira. A insurreição Comunista de 1935: Natal o primeiro ato da tragédia. São Paulo: Ensaio; Rio Grande do Norte: Cooperativa Cultural Universitária do RN, 1995.
FERREIRA, Brasília Carlos. O Mundo do Trabalho. In:____. Trabalhadores, sindicatos e cidadania. São Paulo. Estudos e Edições Ad homenem: : Natal. Cooperativa Cultural da UFRN, 1997. Pp. 211-223.

SINTE PARCERIA COM CURSO DE IDIOMAS


CONVÊNIO WORD STATION IDIOMAS E SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DO RN A WORD STATION IDIOMAS concederá a todos os assistidos, beneficiários do sinte/RN desconto exclusivo de 50% na taxa de matrícula e nas respectivas mensalidades, calculado sobre o atual preço em vigor, conforme ANEXO 1, a todos os beneficiários, aqui definidos como sendo os associados e funcionários do SINTE/RN, e seus dependentes, em quaisquer dos cursos por ela ofertados (língua inglesa e/ou língua espanhola), bastando no ato da matrícula o beneficiário comprovar, por meio de contracheque e cédula de identidade, que é funcionário ou associado do CONVENENTE, ou dependente destes. • CURSO REGULAR – 5 ANOS Valor sócio SINTE >R$ 45,00 • CURSO INTENSIVO – 2 ANOS Valor sócio SINTE >R$ 75,00

Programa Norte-riograndense de Educação para o Trânsito


O que é PNET?
 O programa Norte-riograndense de Educação para o trânsito é uma proposta pedagógica que conceitua o tema trânsito como uma questão de cidadania e como tal deve ser trabalhado com toda a sociedade, junto as instituições de ensino públicas e particulares, empresas de transportes coletivos, grupos de terceira idade e outros. .
Atualmente, o Programa desenvolve quatro projetos:
Multiplicando Educadores de Trânsito:
 Tem como finalidade capacitar professores do ensino fundamental, das escolas públicas, estaduais e particulares, objetivando a formação de agentes multiplicadores de educação para o trânsito, a proposta é que o tema seja trabalhado de forma transversal de acordo com os parâmetros curriculares.
Escola Mirim de Trânsito:
 O objetivo é promover ações educativas em um " Espaço Vivencial de Trânsito Móvel", para alunos do Ensino fundamental que utilizam-se de um ambiente simulando um espaço urbano com sinalização horizontal, vertical, gestual, sonora, luminosa, marcos e barreiras; faixa de pedestre; carrinhos motorizados; bicicletas; vídeos e jogos educativos trabalhados na pespectiva do exercício da cidadania. É desenvolvido no Cartódromo Geraldo Melo (ao lado do Machadão) todas as segundas e terças-feiras, nos turnos matutino (08h30 às 11h00) e vespertino (14h30 às 17h00), podendo atender até 40 educandos por turnos (acompanhados pelo responsável da escola). Telefone para contato - 3232-1252 (DETRAN)
Direção Defensiva:
 Direcionado aos alunos do ensino médio de escolas públicas e particulares, visando orienta-los através de palestras educativas e ações reflexivas sobre atitudes e comportamentos seguros a serem adotados no trânsito a fim de torná-lo mais solidário.
Vivendo e Aprendendo:
 Desenvolvido junto a grupos da terceira idade, através de palestras e ações educativas, estimulando à participação na discussão de assuntos relativos ao trânsito na busca de solucionar problemas atuais e futuros sob a ótica da Cidadania garantindo uma mobilidade segura.
Semana Nacional de Trânsito
 Comemoração da Semana Nacional de Trânsito, acontece no mês de Setembro, com realização de um Concurso a Nível Nacional, sobre questões relacionadas ao trânsito cujo o tema é estabelecido pelo Denatran/RN. A Coordenadoria de Educação e Fiscalização de Trânsito comemora, realizando blitz educativas, palestras e eventos culturais voltados para sensibilização da população com relação ao trânsito sob a ótica da cidadania.
Como uma Escola pode integrar-se ao Programa?
 A escola para integrar-se ao PNET, deve enviar um ofício ao Diretor Geral do DETRAN/RN, solicitando a visita da equipe pedagógica na sua escola. Endereço: Av. Perimetral Leste, 113, Cidade da Esperança, CEP:59.071-450. Natal / Rio Grande do Norte/RN, ou ainda pelo fax:(84) 232-1206.
PNET para maiores informações (84) 3232 1252.
Histórico:
 Esse programa surgiu da iniciativa da ABDETRAN que, antecipando-se à legislação, solicitou a uma equipe de consultoria a elaboração de um projeto pedagógico para as escolas que desejassem desenvolver esse tema. Essa proposta, de autoria da Profª Juciara Custódio Guimarães Rodrigues, foi trazida pioneiramente para o Rio Grande do Norte em setembro de 1996.
 Atualmente, encontra-se implantado em 128 escolas da rede pública e privada do Estado, sendo 41 em Natal e 87 no interior do Estado (Mossoró, Caicó, Currais Novos, Tangará e São Gonçalo do Amarante). São 928 professores e 25.000 alunos envolvidos.
 A experiência é restrita à aplicação do Programa apenas no Ensino Fundamental da 1ª à 4ª série, tendo sido realizado também algumas experiências com turmas de Educação Infantil.
Pretende-se estender experimentalmente, a partir do ano 2000, ao ensino de 5ª a 8ª séries e também ao 3º ano da escola normal, com o propósito de formar multiplicadores de conhecimento do assunto trânsito
Objetivo:
 Promover a reflexão de alunos e professores sobre as questões de trânsito de sua cidade. Essa reflexão deve possibilitar:
1. O conhecimento das regras e normas de trânsito obedecendo às características de maturidade das crianças;
2. A compreensão da necessidade de obediência das normas e regras de trânsito para o bem da coletividade;
3. A mudança de comportamento gerando atitudes responsáveis e cidadãs.
Detalhamento:
 A sistematização dos momentos de trânsito é fundamental, por isso, é necessário que se distribua os conteúdos para o ano inteiro, trabalhos em consonância com os parâmetros curriculares nacionais, observando a aplicação da transversalidade.
 Estes conteúdos são específicos para cada série. Na 1ª série se parte da sala de aula que é o menor espaço ocupado pelo aluno na escola. Na 2ª série, as reflexões partem do bairro e/ou cidade, levando-os a conhecer o lugar onde moram. Na 3ª série, o espaço estudado é a via, a sinalização e os elementos componentes do Trânsito em geral. Na 4ª série, estuda-se o comportamento do homem em relação a Legislação de trânsito, bem como de outras leis (Declaração Universal dos Direitos Humanos e Estatuto da Criança e do Adolescente).
 É um Programa de parceria no qual os professores das escolas ministram as aulas ou momentos de trânsito e o DETRAN/RN, faz a assessoria pedagógica, através da realização de encontros para troca de experiências, visitas de alunos ao DETRAN/RN, palestras, oficinas, concursos e exposições.
 Os momentos de Trânsito têm carga horária flexível e são definidos pelas escolas, de acordo com as suas propostas pedagógicas.
 A adesão é voluntária para a escola e para o professor.
Metodologia:
 As aulas têm por base as observações realizadas no percurso de casa para a escola, no entorno da escola, ou durante passeios específicos em conjunto com toda turma. As aulas abordam também, notícias de jornais e revistas.
 Após a observação, os alunos relatam o que viram, discutem e são levados a pensar sobre os comportamentos observados; através disso, chegam às suas próprias conclusões.
 Os alunos produzem placas, semáforos, plantas baixas das salas de aula das escolas, maquetes, cartazes, livros.
 Sempre utilizando o material disponível (SUCATA), essa produção pode gerar ainda: músicas, poesias, peças de teatro, caminhadas educativas, etc.
Ações desenvolvidas:
 Recadastramento das escolas integrantes do PNET - Municípios de Natal - Mossoró, Caicó e Currais Novos;
 Capacitação de 500 (quinhentos) professores em Natal como multiplicadores de educação de trânsito e das Oficinas sobre a Importância das atividades Lúdicas na Educação de trânsito;
 Ampliação do número de escolas participantes do programa em Natal;
 Implantação do PNET nos municípios atendidos pelo "Detran Cidadão";
 Implantação do PNET em 10 (dez) escolas de 5ª a 8ª (3º ao 4º) ciclos, no município de Natal;
 Acompanhamento e assessoramento a todas as escolas participantes do PNET em Natal;
 Realização de 10 (dez) oficinas para professores das escolas atendidas pelo programa, sobre "A importância das atividades lúdicas na educação de trânsito";
 Implantar o projeto "Cidade Infantil de Trânsito";
 Promover oficinas, palestras educativas e eventos culturais, por ocasião das comemorações da Semana Nacional de Trânsito;
 Realização de um concurso de desenho e redação, junto às escolas do PNET, sobre o tema da campanha da Semana Nacional de Trânsito;
 Realização de reuniões, encontros e oficinas com os coordenadores pedagógicos das escolas integrantes do PNET - capital e municípios do interior;
 Treinar estagiários e técnicos do programa como multiplicadores de educação de trânsito;
 Realizar reuniões bimestrais com a equipe do Pnet e estagiários do Projeto.
Resultados:
 Os resultados são notórios. Os alunos questionam o comportamento dos pais no trânsito, interferem na comunidade, realizam comandos educativos e cobram das autoridades soluções para os problemas da cidade.
 Professores observam que o comportamento na sala de aula modificou, pois os alunos construíram as regras para as salas de aula e cobram o cumprimento delas pelos colegas.
 As comunidades também já declaram ter observado mudanças no comportamento dos alunos, especialmente quando usam transporte coletivo.
Escolas cadastradas
(clique aqui)
Programa Norte-riograndense de Educação de Trânsito
Somente quem acredita que pode promover mudanças através da educação,
é capaz de educar para o trânsito. E nisso, o DETRAN/RN acredita.

Mala de Leitura beneficia comunidade quilombola no RN


Uma mala, livros e muitas idéias. Essa é a fórmula do Projeto Mala de Leitura, lançado neste sábado (28), na comunidade de remanescentes quilombolas Moita Verde, no município de Parnamirim/RN.
A iniciativa, executada pela Fundação Parnamirim de Cultura, através de patrocínio do Programa BNB de Cultura, beneficiará 100 crianças, entre oito e doze anos, residentes da Comunidade Moita Verde, bem como alunos das escolas municipais Professor Homero de Oliveira Dantas e Professora Neilza Gomes de Figueiro.
Segundo a Coordenadora do Projeto, Maria da Conceição Beckman Pereira, o objetivo do “Mala de Leitura” é fomentar uma cultura de valorização da leitura na escola, desenvolvendo nos alunos o gosto pela leitura e sua competência como leitor, através de atividades diversificadas. Para isso, o personagem principal do projeto será a mala, que funcionará como uma biblioteca itinerante. “Ela terá o papel de despertar a curiosidade das crianças. Levaremos a mala às oficinas de leituras e só abriremos ao final, após apresentarmos e trabalharmos inicialmente os conteúdos dos livros”, explica a professora.
As oficinas ocorrerão duas vezes por semana na comunidade Moita Verde, além das escolas municipais. A Diretora de Cultura da Fundação, Kátia Maria de Jesus Corrêa, responsável pela supervisão do Projeto, afirma que as experiências serão desenvolvidas através de atividades pedagógicas como contação de histórias, oficinas de teatro, dentre outras, além de empréstimos de livros. A biblioteca do Projeto conta com títulos diversificados da literatura infanto-juvenil de autores nacionais e internacionais.