segunda-feira, 31 de março de 2008

Com recursos do MEC, municípios vão construir 252 escolas em aldeias!
















http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=10194&interna=6
Coordenadores da educação escolar indígena de 21 estados discutiram esta semana, em Brasília, uma série de projetos que integram o Plano de Ações Articuladas (PAR) para o setor. Entre os temas, destacam-se a construção de escolas nas aldeias, a formação de professores e a produção de materiais didáticos. Participaram do encontro a Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena, representantes do Ministério da Educação e da Fundação Nacional do Índio (Funai).
De acordo com a coordenadora da educação escolar indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, Susana Grillo, a construção de escolas indígenas ganhou um reforço a partir do PAR. Em 2008, serão construídas 252 escolas em aldeias. Os recursos, que somam R$ 80,2 milhões, foram empenhados no final de 2007 para serem utilizados neste ano. Dos 24 estados que possuem populações indígenas, 16 já concluíram o PAR e estão aptos para definir os terrenos e fazer as licitações para as obras.
Apesar do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do MEC que repassa os recursos e acompanha a execução das obras, ter projetado um modelo arquitetônico de escola para as aldeias, considerando o modo de vida indígena, as prefeituras preferiram escolher o modelo de escola rural para ser construído nas aldeias. A arquiteta e coordenadora-geral de infra-estrutura do FNDE, Ione Nogoceke, diz que o projeto da escola indígena tem formato oval, salas amplas que atendem turmas multisseriadas (um professor para várias séries), área grande de recreio, que também serve de refeitório e reuniões da comunidade, e cozinha. Os sanitários ficam fora do prédio, para atender uma exigência cultural. E para os terrenos alagados, a escola pode ser uma palafita. Os materiais são madeira ou alvenaria, condição que depende da disponibilidade local e da possibilidade dos materiais serem transportados até as aldeias.
Em 2007, segundo Ione Nogoceke, foram construídas 12 escolas nesse modelo, sendo que apenas uma, no Acre, foi em madeira. As demais foram na Paraíba (uma), Pernambuco (duas), Roraima (cinco), Mato Grosso do Sul (uma) e na Bahia (duas). Já a escola rural tem de duas a seis salas de aula, cozinha, dispensa, sala de materiais e sala do diretor, espaço para recreio e refeitório. Ione Nogoceke diz que as comunidades indígenas que recebem uma escola no modelo rural geralmente constroem ao lado uma oca para aumentar o espaço e servir de ponto de encontro.
Sobre a produção de materiais didáticos para uso de professores e alunos indígenas, os participantes do encontro decidiram que eles devem ser submetidos à apreciação da Comissão Nacional de Apoio à Produção de Materiais Didáticos Indígenas (Capema) que avaliará a qualidade. A criação de instâncias de controle social indígena sobre as políticas de educação também foi tratada na reunião.

Ionice Lorenzoni

UFRN coordenará programa para professores!






http://tribunadonorte.com.br/noticia.php?id=71325
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte foi escolhida pelo Ministério da Educação para coordenar, no Nordeste, o Programa de Formação Inicial para Professor em Exercício na Educação Infantil, o Pró-Infantil.O Programa, sem fins lucrativos, é destinado a professores da educação infantil em exercício nas creches e pré-escolas das redes públicas, municipais e estaduais e da rede privada.A UFRN está atendendo os estados de Pernambuco e Ceará, onde são cerca de 1.700 educadores incluídos no Programa. O trabalho é coordenado pela professora Fernanda Jales, do Departamento de Educação e diretora do Núcleo de Educação Infantil, NEI.Os professores do NEI serão os responsáveis pelas aulas do curso de formação de educadores que trabalham no interior dos estados. De acordo com a professora Fernanda Jales, o Rio Grande do Norte deverá ser contemplado com o Pró-Infantil no segundo semestre, mas “o ideal seria que o estado não tivesse essa necessidade, visto que o programa é voltado para educadores sem formação adequada”.Dados do MEC afirmam que o Brasil possui cerca de 40 mil professores nessas condições, e, para se ter o número exato de educadores no RN com esse mesmo perfil, é necessária uma parceria com as secretarias de educação dos estados e municípios, para que elas façam o levantamento da demanda e a adesão ao Programa, afirma a coordenadora.Segundo ela, a escolha da UFRN pelo MEC foi um reconhecimento pelo trabalho do NEI na prática educacional com crianças e as pesquisas de extensão nessa área, além da tradição na formação de professores e em outras atividades, como as participações nos Fóruns de Educação Infantil.O Pró-Infantil objetiva oferecer condições de desenvolvimento profissional e pessoal ao professor, contribuir para a qualidade social da educação das crianças até seis anos, como também auxiliar os estados e municípios a cumprirem a legislação vigente. Para isso, habilita em magistério para a Educação Infantil os professores no exercício da profissão, além de elevar o nível de conhecimento e da prática pedagógica dos educadores.O treinamento começa com uma fase presencial, que se realizará no início do semestre, durante as férias escolares, seguida de estudos e atividades individuais, reuniões com tutores, prática pedagógica supervisionada e os serviços de apoio à aprendizagem.O Programa tem duração de dois anos, com carga de 3.200 horas, distribuídas em quatro módulos semestrais de 800 horas cada.

quinta-feira, 27 de março de 2008

ENTREVISTA: "Paulo Freire é o mais importante educador crítico lido nos EUA" -Entrevista com Peter MCLaren!





















Em entrevista exclusiva, o pesquisador canadense naturalizado americano Peter McLaren mencionou que "o humanismo radical de Freire continua a oferecer alguns dos mais importantes desafios às mais brutais políticas e práticas que infectam o mundo hoje". McLaren é estudioso de pedagogia crítica e leciona na Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Graduado na Universidade de Waterloo em Literatura Inglesa, cursou faculdade de Educação na Universidade de Toronto. É Ph.D. em Teoria Educacional pelo Ontário Institute for Studies in Education (OISE). Escreveu inúmeros livros, dentre os quais citamos A pedagogia da utopia (Santa Cruz do Sul: Universidade de Santa Cruz do Sul, 2001) e Pedagogia revolucionária na globalização (Rio de Janeiro: DPA, 2002). Para maiores informações, acesse o site http://www.gseis.ucla.edu/faculty/pages/mclaren/.
IHU On-Line - Qual é a contribuição de Paulo Freira para a Pedagogia Crítica?
Peter McLaren - Paulo Freire é, de longe, o mais importante educador crítico lido nos EUA. Seu trabalho é consistentemente adotado por estudantes em universidades, por professores do ensino fundamental e médio, por estudantes de magistério e por membros de grupos de ação social e de novos movimentos sociais, ou seja, por grupos do setor não-formal. Seu trabalho é encontrado nas aulas, nas universidades, em estudos de alfabetização, na teologia, na pedagogia crítica, e através das ciências humanas.
IHU On-Line - Como atuar, a partir de Paulo Freire, frente às questões que preocupam a humanidade?
Peter McLaren - Antes que possamos agir, devemos nos tornar familiarizados com o trabalho de Paulo Freire e em como está situado na história dos movimentos educacionais progressivos em todo o mundo. O humanismo radical de Freire continua a oferecer alguns dos mais importantes desafios às mais brutais políticas e práticas que infectam o mundo hoje – guerra, imperialismo, globalização capitalista, repressão política, tortura, racismo, patriarcado, homofobia e triunfalismo religioso.
IHU On-Line - O que significa, hoje, falar de pedagogia revolucionária?
Peter McLaren - A Pedagogia Crítica testemunhou inúmeros avanços ao longo das últimas várias décadas. Na verdade, é mais próprio falar sobre várias pedagogias críticas, do que sugerir que existem várias "mutações" de um grupo genético pedagogicamente original (localizada em algum lugar nos escritos de Paulo Freire). Mas, claramente, Freire foi e continua sendo a mais importante influência no campo da educação crítica. Eu comecei a usar uma adaptação norte-americana da pedagogia crítica, uma mistura eclética do trabalho de John Dewey, de Myles Horton[1], e outros pensadores da educação progressista que surgiram nos EUA nos anos 30, depois da Quebra da Bolsa de 1929 – cada um "aderiu" ao trabalho seminal do educador brasileiro Paulo Freire. Então, eu simplesmente tentei integrar pensadores norte-americanos mais contemporâneos a essa mistura – teóricos feministas e multiculturalistas, muitos deles da comunidade intelectual afro-americana e latino-americana. Comecei a incorporar Gramsci e muitos dos pensadores marxistas ocidentais (por exemplo, da Escola de Frankfurt) em meu trabalho. Claro, a tradição do pensamento indígena por todas as Américas foi – e ainda é – extremamente importante. E Freire foi sempre fundamental para o desenvolvimento de minha pedagogia crítica. Pelos últimos 15 anos, tenho abordado o desenvolvimento da pedagogia crítica a partir de um marco materialista/marxista e humanista. Quis ser mais sistemático no sentido de que quis ver como a pedagogia pode servir para ajudar no avanço do socialismo como uma visão, assim como uma realidade (cuja imanência pode ser vista nas lutas de classe do passado e do presente). Meu projeto foi "libertar" o trabalho de pensadores seminais, tais como Paulo Freire, Che Guevara[2], Marx, Hegel, Gramsci[3], Raya Dunayevskaya[4], José Carlos Mariátegui[5], e outros para os educadores norte-americanos. A pedagogia crítica é feita para prover várias linguagens de análise (sociológicas, antropológicas, filosóficas etc.) para estudantes e professores ("educandos") para que eles possam começar a entender suas experiências e subjetividades como "construídas" pela intersecção de uma multiplicidade de forças ligadas aos modos e relações sociais de produção, a espaços e lugares de produção e circulação capitalista, a sistemas de mediação, que envolvam suas famílias, suas bagagens religiosas, suas formações de classe e raça, assim como organizações ligadas à sociedade, tanto estatal quanto civil.
IHU On-Line – Qual tipo de leitura se faz de Freire especialmente nos Estados Unidos?
Peter McLaren - Os escritos de Paulo Freire foram internalizados como um grande negócio nos Estados Unidos. Paulo Freire é comumente tratado como a figura do Papai Noel, um velhinho gentil com barba branca, que professa o amor e o diálogo. Mas, na criação dessa imagem, a política revolucionária de Freire é geralmente perdida. Isso está acontecendo aqui nos EUA. Mas isso é tão surpreendente? Nos Estados Unidos, não se aprende sobre aspectos importantes da história dos EUA sobre os quais outras pessoas no mundo são bastante cientes. Estudantes brasileiros sabem mais sobre crimes dos governos dos EUA do passado do que os estudantes dos EUA. Os estudantes aqui são muito ingênuos a respeito de sua própria história. Muitos acreditam que os EUA estão sempre agindo pelo melhor da humanidade. Eles acreditam que isso é assim porque Deus deu aos EUA a missão especial de civilizar o mundo. A pedagogia crítica desafia essa explicação histórica simplista. E assim, não surpreendentemente, há muito ataque a educadores críticos agora, especialmente desde que o regime de Bush tolheu nossas liberdades civis e desde que o governo dos EUA, a partir de 11 de setembro de 2001, vem sendo comandado por um tipo de "leve fascismo".
Existem muitos desafios e riscos quando se é um educador crítico. Mas educação, se não se trata de correr riscos, então não vale a pena perseguir. O risco para um professor é ser demitido de seu cargo. Em minha universidade, a UCLA (Universidade da Califórnia, em Los Angeles), um grupo de 30 professores foi nomeado e apontado por um grupo de direita. Eu fui posto no topo da lista conhecida como Os trinta sujos. O grupo ofereceu um pagamento de cem dólares a estudantes que gravassem secretamente minhas palestras, para provê-los com cópias de anotações documentando aquilo que digo em minhas aulas. Esse grupo de direita me rotulou como o professor mais perigoso na UCLA. Comecei a receber muitos e-mails de ódio. Relatórios de mídia que incluem as denúncias desses grupos contra mim, acusando-me de comunista, tentando fazer lavagem cerebral na juventude norte-americana, foram publicados pelo mundo inteiro. Suponho que haja um preço a se pagar.
Por anos, grupos de direita de todas as tendências me marcaram por meu trabalho com o falecido Paulo Freire, meus escritos sobre Che Guevara, minhas análises humanistas-marxistas da sociedade capitalista, e pelo fato de eu ligar a pedagogia crítica com a luta pelo socialismo. Mas tenho tido sorte de até agora não haver tentativas de me silenciar por parte da administração da universidade. O que deixa a situação mais periclitante é que, agora, a administração de Bush tem o poder legal de punir seus críticos e oponentes, o que outras administrações não tinham. Não, não acho que vou "desaparecer" e me encontrar numa prisão de interrogatório da CIA na Polônia (agora, se eu fosse muçulmano, isso seria outra história), mas a administração de Bush criou um clima de medo que tende a criar uma relação metonímica entre dissidentes políticos e simpatizantes do terrorismo. Existem medidas (legais) introduzidas em nove estados para suprimir a liberdade acadêmica nas universidades. Críticos de direita atacam professores como eu, que seguem o exemplo de Freire, silenciosamente e dissimuladamente "doutrinando" estudantes com propaganda esquerdista.
É importante para os professores retornar ao trabalho de um educador a quem, embora marquemos o décimo aniversário de sua morte, ainda podemos usar como baliza para nossa vida pedagógica, uma vida que não acaba quando a porta da sala de aula é fechada no final de cada dia. Freire (1994, p. 77)[6] sustenta que nenhuma "prática educacional existe no espaço-tempo zero"[7], ou seja, não existe nenhuma prática educacional neutra. Toda prática educacional crítica é diretiva, é política, e denuncia uma preferência, uma tendência. Freire (1994, p. 79) argumenta que se encontra autoritarismo tanto na direita quanto na esquerda do espectro político, e é verdade que ambos os grupos podem ser reacionários de "forma idêntica" se eles "se julgam os donos do conhecimento, o primeiro, do conhecimento revolucionário, o último, do conhecimento conservador"[8]. Ambas as formas de autoritarismo são elitistas. Freire sublinha o fato de que não podemos "conscientizar" estudantes sem, ao mesmo tempo, sermos "conscientizados" por eles. Ensinar nunca deve ser, sob nenhuma circunstância, uma forma de imposição. Quando ensinamos criticamente, geralmente tememos que possamos estar manipulando nossos estudantes de forma que não nos damos conta. Mas a alternativa é não ensinar, não agir, manter-se pedagogicamente inativo. Ensinar criticamente é sempre um salto por uma divisão dialética que é necessária para qualquer ato de saber [que esteja] por acontecer. Saber é um tipo de dança, um movimento, mas autoconsciente. A criticidade não é uma linha esticável eternamente, mas um círculo. Em outras palavras, saber pode ser o objeto de nosso saber, pode ser auto-reflexivo, e é algo em que podemos intervir. Herdamos a cognição enquanto espécie, mas adquirimos outras habilidades a longo do caminho, e precisamos evoluir integralmente e com coerência.
Freire nos lembra que ensinar não pode ser reduzido a uma transmissão de uma mão do objeto de conhecimento, ou uma transação de duas vias entre o professor e o estudante, mas uma forma de transformação dialética tanto do professor quanto do estudante, e isso ocorre quando um professor sabe o conteúdo do que é para ser ensinado e um estudante aprende como aprender. Ensinar acontece quando os educadores reconhecem[9] seus saberes nos saberes dos estudantes.[10]
IHU On-Line - O senhor afirma que os educadores revolucionários necessitam criar um contexto para o diálogo com o outro, de modo que "os outros" possam também ser ouvidos. Além disso, o pedagogo crítico deve fazer relações com os assuntos humanos reais. O que é ser um pedagogo revolucionário? Isso ainda é uma utopia na educação atual?
Peter McLaren - Quando Freire fala em lutar para construir uma utopia, ele fala de uma utopia concreta ao invés de uma utopia abstrata, uma utopia enraizada no presente, sempre operando "da tensão entre a denúncia de um presente que está se tornando mais e mais intolerável e o anúncio de um futuro a ser criado, construído – politicamente, esteticamente e eticamente – por nós, homens e mulheres" (Pedagogia da Esperança, 1994, p.91). Utopias estão sempre em movimento, nunca são preestabelecidas, não existem como projetos cuja única garantia é a "repetição mecânica do presente", ao contrário, existem dentro do movimento da própria história, como oportunidade e não como determinismo. Elas nunca são garantidas. A pedagogia crítica é necessária aqui, talvez, mais do que em qualquer lugar no mundo quando se considera a história real deste país e seu potencial de desencadear mais devastação ao redor do mundo. Claro que é muito fácil pôr a culpa dos males do mundo nos Estados Unidos. Existem outros países imperialistas e subimperialistas, com certeza. A questão mais urgente, para mim, hoje, nesta conjuntura histórica muito perigosa, é avançar a luta por uma alternativa socialista ao capitalismo, por uma supressão do capitalismo, por uma descoberta de uma sociedade pós-capitalista. A luta para resistir, para descarrilar, para superar o capitalismo neoliberal, é a questão fundamental que exercita a minha atenção como um educador crítico. Quem pode me culpar? Significa então que todos os erros sociais podem ser ligados às fornalhas roncando das fábricas e aos moinhos satânicos do capitalismo? É claro que não. Mas exatamente agora o capitalismo desenfreado e o poder fanático do imperialismo, que seguem no seu despertar, têm o maior potencial para causar distúrbios violentos sobre o mundo em termos de próximas guerras imperialistas, sem mencionar a destruição ecológica do planeta inteiro. Educadores críticos revolucionários acreditam que a crise ecológica não pode ser superada porque o sistema capitalista atual não consegue impor limites ao crescimento que sustenta o atual império. Este sistema também não consegue operar fora da lógica mecanicista do império de "nós-contra-eles". A luta para uma pedagogia crítica é talvez melhor ilustrada pelas palavras do poema de Antonio Machado[11] (1962): Caminante no hay camino, se hace el camino al andar ("Andarilho, não existe caminho. O caminho é criado ao andar"). Não há um caminho predeterminado, mas podemos olhar tanto para o passado, para ao futuro e para o presente para ver as possíveis direções que nossa luta pode tomar. Porque, como diz o Gato de Cheshire, em Alice no País das Maravilhas, "Se você não sabe para onde está indo, qualquer estrada vai te levar lá". Nós não lutamos em algum lugar absoluto, lamentando nossa perda do encontro com a verdade. Nossa luta é de sangue quente e irá terminar quando a sua gestação começar: no solo fértil da luta de classes. Nós sabemos para onde estamos indo, porque é o único destino onde podemos abrir mão na nossa condição humana dos seus muitos disfarces e, mais ainda, nós precisamos nos dar conta de que podemos apenas contestar a produção ideológica da classe capitalista e não aboli-la, a menos que as relações sociais de produção gerando isto parem de existir. Eu chamo o destino para o socialismo da humanidade para o século XXI, apesar de estar feliz com outros apelos, contanto que eles se refiram à mesma coisa: a luta para uma sociedade pós-capitalista.

terça-feira, 25 de março de 2008

A educação é obra de toda sociedade!



















http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=10167

Em sabatina na sede do jornal Folha de S. Paulo, na tarde desta terça-feira, 25, o ministro da Educação, Fernando Haddad, respondeu a perguntas de jornalistas e da platéia sobre a qualidade da educação pública, formação e salário dos professores, vestibular, expansão das vagas nas universidades e nas escolas técnicas e sobre os desafios que tem até 2010.
No debate, que durou cerca de duas horas, Haddad explicou que a educação brasileira deixou de ser um balcão onde o prefeito apresentava um projeto que demandava uma análise individual e, se aprovado, um plano de trabalho para acompanhar sua execução. Hoje, o ministério trabalha com os governadores e com os prefeitos dentro de um compromisso plurianual e articulado com políticas de curto, médio e longo prazos aferidas a cada passo. Não basta, disse, ter 96% dos estudantes matriculados nas escolas, nosso compromisso é combinar eqüidade com qualidade. Como exemplo disso, o ministro citou que entre os alunos de 15 anos, o Brasil tem 50% deles no mesmo padrão de aprendizagem de Israel, e que o desafio é fazer com que os outros 50% tenham o mesmo ensino.
Segundo Haddad, três são os desafios da reforma estrutural que o MEC tem até o final do mandato do presidente Lula: reformular a participação do Sistema S na educação, especialmente profissional; acabar com a Desvinculação dos Recursos da União (DRU) da educação e revitalizar os hospitais universitários. Para o Sistema S, que hoje está afastado da escola pública, a idéia é que invista mais na educação profissional integrada ao ensino médio; sobre a DRU, o ministério vai trabalhar junto a senadores e deputados para retirar a educação da DRU; e no caso dos hospitais universitários, criar um modelo que permita combinar sustentabilidade financeira com as funções de ensino e atendimento à saúde pública.
Educação básica ― O governo federal vai investir R$ 900 milhões na qualificação do ensino médio público, de forma que alcance a qualidade da rede federal tecnológica. De acordo com Haddad, o MEC investe no sistema de parceria com os estados para massificar a excelência obtida na rede federal, que deve combinar ensino médio com oferta de educação profissional. Entre as ações que dão impulso à qualidade, estão o livro didático do ensino médio, que começou a ser distribuído em 2005, e a informatização das escolas.
O conjunto das ações está estabelecido no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em abril de 2007, que define 40 metas, a serem alcançadas até 2021. Entre as metas, onde o foco é a qualidade, destacam-se a formação de professores, a alfabetização das crianças até os oito anos, a avaliação, o piso salarial dos professores. Segundo Haddad, a mudança já está acontecendo: hoje, 27 estados ― considerando que São Paulo assina o termo de adesão na sexta-feira ― e 5.300 dos 5.564 municípios já aderiram às metas e diretrizes do PDE.
Para que a inclusão digital ocorra nas escolas da educação básica, o governo federal está construindo um sistema: vai do projeto Luz para Todos (hoje 1,5% dos alunos estão em escolas sem luz), oferta de rede banda larga (que está sendo acordado com as Teles), universalização dos laboratórios de informática, capacitação de 100 mil professores (já acontecendo), produção de conteúdos digitais (aplicação de R$ 70 milhões em 2007). De acordo com Haddad, as estatísticas dizem que um computador conectado tem impacto favorável na leitura do aluno, porque a internet obriga a ler.
Educação superior ― Na educação superior pública, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), lançado em 2007, representa o principal investimento. Toda a rede de universidades ― 53 instituições ― aderiu ao Reuni, com o compromisso de aumentar o número de vagas e criação de cursos noturnos, investir na oferta de cursos de licenciatura para formar professores, elevar de 12 para 18 o número de alunos por professor.
A Universidade Aberta do Brasil (UAB) é outro espaço de formação superior pública e gratuita. Até 2010, a UAB terá abertas 600 mil vagas em 850 pólos, em todo o país. A educação a distância no Brasil, disse o ministro, tem carga horária presencial de 20% nos pólos que oferecem também apoio de tutores, salas de estudo, laboratórios de informática.
Sobre a busca da qualidade dos cursos superiores públicos, Haddad falou que o MEC não quer inibir o setor privado, mas pretende que o setor invista na qualidade. Em janeiro deste ano, o MEC fechou seis mil vagas em cursos de direito privados e na próxima semana anunciará o fechamento de outras 13 mil vagas.
Ionice Lorenzoni
veja a íntegra da entrevista

Unicef reúne bons exemplos na educação!


















http://www.onu-brasil.org.br/view_news.php?id=6506
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), lança nesta terça-feira, 25 de março de 2008, a publicação "Redes de Aprendizagem". A pesquisa identificou boas práticas de redes municipais de ensino espalhadas em todo o território nacional. Foram visitadas 37 municipios que tiverem bons resultados de aprendizagem medidos pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
O evento contará com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad, da Representante do UNICEF no Brasil, Marie-Pierre Poirier, e da presidenta da Undime, Justina Iva de Araújo Silva.
O lançamento será às 10h30, durante o 3º Fórum Extraordinário dos Dirigentes Municipais de Educação, em Brasília.
O que faz com que uma rede municipal de educação garanta a cada um de seus alunos o direito de aprender? Foi essa a pergunta que orientou a pesquisa Redes de Aprendizagem, que teve como principal objetivo identificar boas práticas de redes municipais de ensino espalhadas em todo o território nacional. O estudo foi lançado durante o III Fórum Nacional da União dos Dirigentes Municipais de Educação, em Brasília, nesta terça-feira, 25 de março.
A partir de visitas de campo aos 37 municípios analisados, levantou-se um conjunto de 10 boas práticas e ações de aprendizagem comuns que, implementadas de forma articulada, garantiram a essas redes um desempenho acima da média nacional no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). São elas: foco na aprendizagem, consciência e práticas de rede, planejamento, avaliação, valorização do professor, formação do corpo docente, valorização da leitura, atenção individual ao aluno, atividades complementares e parcerias externas.
As redes foram escolhidas com base no cruzamento de informações socioeconômicas dos alunos, com informações dos municípios e com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Os municípios visitados possuem características diversas, com população que varia de 6 mil a 788 mil habitantes e estão localizados nas cinco grandes regiões do País. Dessa maneira, essas redes municipais representam e incorporam a diversidade e os desafios para se garantir o direito de aprender nos mais de 5,6 mil municípios brasileiros.
Para entender os motivos do sucesso dessas redes, foram entrevistados dirigentes municipais de Educação, coordenadores pedagógicos, professores, alunos, pais, funcionários e conselheiros. Cada um deles apontou as razões que acreditam ter sido importantes para a aprendizagem dos estudantes das escolas públicas municipais.
Segundo a Representante do UNICEF no Brasil, Marie-Pierre Poirier, “a pesquisa constatou que essas 37 redes têm em comum o compromisso com a aprendizagem de cada um de seus alunos e alunas. Esse compromisso se expressa na consciência e na atuação como uma rede que enfrenta os desafios e busca de soluções de forma, efetivamente, solidária”.
A publicação Redes de Aprendizagem é resultado de uma parceria entre o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Ministério da Educação (Mec), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e Instituto de Estudos Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Conheça a publicação na íntegra.
Para mais informações:Pedro Ivo Alcantara – Telefone: (61) 3035 1983 – E-mail: pialcantara@unicef.org
Abaixo, a lista de municípios visitados
Norte• Alvorada/TO• Rio Branco/AC• Araguaína/TO• Santarém/PA• Altamira/PA

Nordeste
Teresina/PI• Presidente Dutra/BA• Poção de Pedras/MA• Mortugaba/BA• Sobral/CE
Sudeste
• Santa Rita de Caldas/MG• Sud Menucci/SP• Lagamar/MG• Sete Barras/SP• Rio Piracicaba/MG• João Monlevade/MG• Votuporanga/SP• Santo Antônio de Pádua/RJ• Divinópolis/MG
Sul
• Marilena/PR• São Jorge D’Oeste/PR• Jesuítas/PR• Realeza/PR• Horizontina/RS• Arroio do Meio/RS• Sapiranga/RS• Guaramirim/SC• Farroupilha/RS• Pinhais/PR
Centro-Oeste
• Carmo do Rio Verde/GO• Cezarina/GO• Apiacás/MT• Comodoro/MT• Piranhas/GO• Formosa/GO• Rondonópolis/MT• Rio Verde/GO

Garibaldi diz que será criada CPI do apagão educacional!















http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=72938&codAplicativo=2
O presidente do Senado, Garibaldi Alves, participou, nesta terça-feira (25), de reunião em que a Comissão de Educação (CE) discutiu a reforma educacional da Espanha e do Brasil. Na ocasião, ele disse que se sente permanentemente desafiado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e também entende que está na hora de instalar uma comissão parlamentar de inquérito para avaliar o sistema de ensino brasileiro.
- Cristovam me disse que está na hora de instalar nesta Casa uma CPI positiva, que não fale só dos nossos males e mazelas, mas que fale dos nossos acertos e investigue as nossas falhas no sistema educacional. É a CPI que vai investigar o apagão intelectual que tomou conta do país. Essa CPI precisa ser instalada - disse.
Garibaldi Alves também afirmou que, mesmo que o Senado mantivesse em funcionamento dez CPIs, ele não deixaria de cumprir esse compromisso com Cristovam Buarque.
- Nessa CPI teremos a oportunidade de fazer com que a educação seja passada em revista. Teremos a oportunidade de nos aprofundarmos no debate da educação, porque muitas vezes só uma CPI permite isso .
Teresa Cardoso / Agência Senado

quinta-feira, 20 de março de 2008

Comissão debate políticas educacionais de Brasil e Espanha!









http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=72864&codAplicativo=2

A Comissão de Educação (CE) promove, na próxima terça-feira (25), às 10h, o painel "Políticas educacionais na Espanha e no Brasil", organizado a partir de requerimento do presidente da comissão, senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
Além de Cristovam, participarão da abertura do evento o presidente do Senado Federal, Garibaldi Alves Filho; o ministro da Educação, Fernando Haddad; e o representante no Brasil da Fundação Santillana, Andrés Cardó.
Serão apresentadas duas palestras no evento. A primeira terá como tema "A reforma espanhola - luzes e sombras" e contará com tradução simultânea, sendo ministrada pelo professor da Universidade de Salamanca, Mariano Engüita, especialista na reforma educativa espanhola.
A segunda palestra será apresentada pelo professor da Universidade de Brasília e ex-reitor da instituição, Antônio Ibanez, que vai falar sobre o tema "Os caminhos da educação no Brasil".

Paulo Sérgio Vasco / Agência Senado

Comissão aprova piso nacional de R$ 950 para professores!
















http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=118959

Manoel Junior: há acordo para que prevaleça o piso de R$ 950 na CCJ.
A Comissão de Finanças e Tributação aprovou nesta quarta-feira proposta que estabelece piso salarial nacional de R$ 950 para professores do ensino público fundamental e médio nos três níveis (federal, estadual e municipal). O piso deve ser adotado gradativamente até janeiro de 2010.A mudança consta no substitutivo da Comissão de Educação e Cultura aos projetos de lei 7431/06, do Senado, e 619/07, do Poder Executivo. O primeiro estabelece piso de R$ 800 para profissionais que tenham nível médio e de R$ 1,1 mil para os habilitados em nível superior. Já o projeto do Executivo estabelece um salário mínimo de R$ 850 para professores.AcordoAs propostas ainda serão analisadas pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), mas o relator, deputado Manoel Junior (PSB-PB), afirmou que há acordo para que prevaleça o piso de R$ 950, na forma do substitutivo. Como a Comissão de Finanças e Tributação analisa a adequação financeira e orçamentária das propostas, o relator também apresentou parecer favorável às duas propostas originais. Além disso, foi favorável a quatro emendas da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. A votação foi acompanhada por professores de vários estados.As propostas tramitam em caráter conclusivo e em regime de prioridade. Depois de serem analisadas pela CCJ, serão encaminhadas ao Senado.JornadaO substitutivo prevê uma jornada mínima de 40 horas semanais. Mas isso apenas para os dois primeiros anos (2008 e 2009). Nesse período, contarão para o cálculo todos os itens do contracheque, exceto as vantagens individuais. Entretanto, a partir de janeiro de 2010, o piso corresponderá apenas ao vencimento mínimo inicial (sem nenhum dos demais itens do contracheque) das carreiras da educação básica, para a jornada de 30 horas semanais. A Comissão de Finanças aprovou emenda retirando do texto o limite máximo de 2/3 para carga horária em sala de aula, com o restante da jornada para atividade de planejamento.O piso também será pago a outros profissionais da educação básica, incluindo os cargos de suporte pedagógico à docência (direção, administração, planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais). Para jornadas e níveis de escolaridade diferenciados, os sistemas de ensino deverão aplicar o piso de forma proporcional.AposentadosManoel Junior argumentou que já há estados com piso similar ao proposto no substitutivo e, no caso dos municípios, haverá condições para se ajustarem ao piso previsto. O relator recomendou, no entanto, a rejeição de emenda aprovada pela Comissão de Trabalho que estende o piso salarial aos aposentados e pensionistas do magistério.A razão para a retirada, segundo Manoel Junior, é que a maior parte dos aposentados e pensionistas têm benefícios vinculados a planos de cargos e salários de estados ou municípios. Esses planos seguem o Regime Geral de Previdência, e não uma aposentadoria do setor público, e isso poderia trazer impactos significativos à despesa pública federal, o que se torna impossível sem uma fonte de recursos que suporte o novo gasto, segundo o relator. Ele destacou ainda que não há dados para estimar qual seria o impacto da medida, e por isso seu parecer foi pela inadequação desse item, que dessa forma não poderá voltar ao texto."Eu bem queria ter incluído, até porque sou filho de uma pessoa que é também profissional da educação aposentada. Mas aqui nós não tratamos do mérito, tratamos da adequação financeira e orçamentária, e essas pessoas aposentadas e pensionistas contribuíram para os regimes de previdência em outro modelo", declarou.Recursos suficientesA partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2006, o deputado concluiu que nenhum estado precisará de complementação de recursos da União para garantir o piso.Os municípios, que deverão considerar os novos recursos repassados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), podem recorrer a recursos extras, quando necessário, mas 60% do que for repassado devem ir diretamente para pagamento de professores em exercício. A Comissão de Finanças apenas limitou essa ajuda em 10% dos repasses da União para a área, como dispõe a Constituição para outros casos. No orçamento atual, seria possível repassar uma soma de R$ 314 milhões aos municípios que precisarem de socorro. Leia mais:Associação exige paridade entre ativos e inativosNotícias anteriores:Trabalho aprova piso salarial para educação básicaDeputados homenageiam professores e defendem piso nacionalEducação aprova piso salarial de R$ 950 para professoresImpactos de piso salarial de professor preocupam prefeitos
Reportagem - Marcello Larcher e Mônica MontenegroEdição - Marcos Rossi

terça-feira, 11 de março de 2008

Especialistas ensinam como identificar e educar crianças com inteligência acima da média!











http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2008/03/10/especialistas_ensinam_como_identificar_educar_criancas_com_inteligencia_acima_da_media-426165399.asp

RIO - Responda rápido: o que Einstein, Mozart, Garrincha, Bill Gates e Paul McCartney têm em comum? Todos se destacaram em suas carreiras por possuírem uma superdotação - uma inteligência acima da média em uma ou múltiplas áreas. Mas, por essas inteligências serem tão variadas e se manifestarem de tantas formas, é difícil identificar e classificar uma pessoa superdotada. (Existe algum superdotado na sua família? Conte sua história!) De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os superdotados são 3,5% da população. Especialistas em alta inteligência, no entanto, acreditam que esta estatística é conservadora e que os superdotados representam cerca de 7% ou 8% da população. (Clique aqui e faça o teste para descobrir seu tipo de inteligência)
Os sinais de alta inteligência em uma ou várias áreas costuma se manifestar no início da infância. A educadora Susana Pérez, presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBrasd), explica que crianças que demonstram muita habilidade em uma ou várias áreas de conhecimento precisam ter algumas características específicas para que sejam consideradas superdotadas, e não apenas precoces ou estudiosas. (Leia mais: autismo pode ser confundido com superdotação)
" Ter apenas uma excelente memória, por exemplo, não é sinal de superdotação "
- Ela deve apresentar uma capacidade acima da média em alguma habilidade, ser muito criativa em sua área de interesse e mostrar um envolvimento ou uma dedicação fora do comum naquele assunto. Ter apenas uma excelente memória, por exemplo, não é sinal de superdotação - explica a educadora.
As características de um superdotado
Crianças com uma inteligência acima da média apresentam, desde muito pequenos, características como muita criatividade, curiosidade para assuntos variados e vontade de lidar com novos estímulos. Além disso, costumam aprender a ler e a escrever sozinhas, desenvolvem a linguagem precocemente, tendem a se associar a crianças mais velhas, demonstram liderança e têm capacidades incomuns para sua idade.
- Aos dois anos, uma criança com alta habilidade pode falar sem nenhuma dificuldade ou quase nenhum erro de linguagem, perceber rimas e entender metáforas e piadas. Aos quatro, é aquela que sabe argumentar, lida de forma extremamente criativa com situações que nunca enfrentou antes e, quando brinca, explica o que está fazendo, desenvolve estratégias e se planeja - avalia a pedagoga Ieda Cury, especialista em educação infantil.
Como estas características são muito subjetivas, só um profissional vai conseguir identificar se uma criança é superdotada ou não. Segundo Ieda, muitos pais costumam achar que seus filhos são geniais quando, na verdade, são apenas precoces ou muito estimulados desde o nascimento.
" Pais de superdotados devem ter muito cuidado para não deixar seus filhos se tornarem manipuladores, impacientes ou arrogantes "
- A avaliação para saber se uma criança é superdotada ou não vai depender de sua faixa etária, da sua capacidade em relação às crianças com as quais convive, o local onde ela mora, seu nível social e mais uma série de fatores. Normalmente, o especialista vai definir se a criança tem uma alta habilidade depois de um tempo de observação, de conversas com seus familiares e professores, e da aplicação de alguns testes - diz Susana Pérez, da ConBrasd.
A especialista em superdotação enfatiza que o teste de QI deixou de ser a ferramenta principal na hora de definir quem tem uma inteligência acima da média.
- O teste de QI foi feito para avaliar pessoas brancas de classe média. Além disso, ele só mede um tipo de inteligência, e hoje sabemos que elas são múltiplas. Existe o músico com ouvido absoluto que pode ser uma negação em matemática, o jogador de futebol que é insuperável em campo e mal sabe escrever e por aí vai - diz Susana.

Educação diferenciada é essencial
O neuropediatra Milton Genes, do Centro de Avaliação de Desenvolvimento Infanto-juvenil, lembra que crianças com inteligência acima da média devem ser acompanhadas de perto por psicólogos, professores e pedagogos para não perderem o interesse na escola.
Além disso, os pais devem ensinar o filho superdotado a lidar com as diferenças, não colocá-lo em um pedestal e nem reprimir sua curiosidade e constante busca por aprendizado.
" Por medo de não ser aceito pelos colegas, o superdotado pode se sabotar "
- Pais de superdotados devem ter muito cuidado para não deixar seus filhos se tornarem manipuladores, impacientes ou arrogantes - alerta Ieda Cury.
Susana Pérez enfatiza que uma atenção especial deve ser dada ao superdotado que entra na adolescência, fase em que muitos costumam negar seus talentos.
- Por medo de não ser aceito pelos colegas, o superdotado pode se sabotar, tirando notas baixas em provas ou matando aulas. É a fase em que mais aparece o medo de ser diferente. Pais de superdotados precisam ter a sensibilidade para ensinar seus filhos que eles são diferentes, mas que isso não os torna nem melhores ou piores que os outros .
Diz Susana.

UERN ESTÁ ENTRE AS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS QUE MAIS APROVAM NO EXAME DA OAB!


















http://www.uern.br/administracao/agecom.asp?menu=noticia&notid=959

A UERN está entre as 33 Universidades brasileiras que tiveram índice de aprovação no Exame da Ordem acima de 60%. A Universidade estadual teve um índice de aprovação de UERN 61,36%.
O ranking, divulgado dia 4/3, presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Brito, é liderado pela Universidade Estadual de Feira de Santana, na Bahia, com 91,67%.
Os dados se referem ao desempenho das Universidades na primeira fase da última edição do Exame de Ordem unificado, da OAB. Das 33 Universidades que tiveram aprovação superior a 60%, 25 são universidades federais ou estaduais.
O dado confirma a tendência registrada nos últimos anos quanto à boa qualidade de ensino ofertado pelas instituições de ensino públicas. “As instituições públicas têm dado certo e isso precisa ser estimulado. Esse resultado comprova, uma vez mais, que o ensino de qualidade existe no Brasil”, afirmou Britto.
A primeira fase a que se refere a estatística consiste num teste de múltipla escolha, com cem questões e foi realizada no dia 20 de janeiro deste ano em todos os Estados que adotaram o Exame de Ordem unificado, ou seja, com provas aplicadas no mesmo dia e com conteúdo igual para todas as Seccionais. No próximo dia 9, os aprovados farão a segunda prova, que tem questões dissertativas.
por: Marcio Alexandre da Conceição em 05/03/2008 10:53:26





Exames preventivos poderão ser oferecidos em escolas públicas!














http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=72461&codAplicativo=2
Exames preventivos de acuidade visual e auditiva poderão ser obrigatoriamente oferecidos nos estabelecimentos de ensino fundamental. A proposta (Projeto de Lei da Câmara 52/03) encontra-se tramitando na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) em conjunto com outros projetos de lei semelhantes elaborados por senadores. A CAS reúne-se na próxima quarta-feira (12), a partir das 11h, para debater e votar o substitutivo do senador Papaléo Paes (PSDB-AP) aos projetos.
Em sua justificação, o autor do projeto original, deputado Cláudio Cajado (DEM-BA), argumenta que a proposta visa diminuir a evasão escolar. O deputado citou dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) que revelam que, apenas no Nordeste brasileiro, a evasão atinge 17% dos alunos do ensino fundamental e 22% dos de ensino médio, que abandonam a escola por causa de problemas de visão. Cajado acrescenta que o exame de acuidade visual é muito simples.
Cajado explica que os defeitos de refração, como a hipermetropia, ocorrem comumente entre crianças e, segundo oftalmologistas, podem ser detectados até antes da alfabetização, pela própria professora. Para isso, explica, basta tapar um dos olhos da criança e utilizar da Tabela de Snellen a uma distância de cinco metros; se a criança tiver dificuldades para identificar o que está sendo escrito, deverá ser encaminhada ao oftalmologista.
Ricardo Icassatti / Agência Senado

terça-feira, 4 de março de 2008

Universitário poderá ser reembolsado por aula não dada!






http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=117995

O Projeto de Lei 2650/07, do deputado Walter Brito Neto (PRB-PB), obriga as faculdades e universidades privadas a reembolsar o aluno quando o número de aulas no mês ficar abaixo do fixado no calendário acadêmico.A devolução será proporcional à quantidade de aulas não-ministradas. Segundo a proposta, o reembolso será feito no mês subseqüente, podendo o aluno optar por usar o dinheiro no pagamento da mensalidade do mês cursado.O PL 2650/07 determina, ainda, que as instituições de ensino divulgarão mensalmente documentos, restritos à comunidade acadêmica, relativos à assiduidade de professores e alunos.ContratoSegundo o deputado Brito Neto, o objetivo da proposta é assegurar o equilíbrio entre a mensalidade e a efetiva prestação do serviço pela instituição. Ele lembra que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - 9.394/96) determina que o ensino superior deve ter ano letivo de, no mínimo, 200 dias de trabalho acadêmico efetivo. "O aluno tem o direito de receber o equivalente em carga horária e conteúdos curriculares em cada disciplina. A instituição de ensino é responsável tanto pelo cumprimento da lei, quanto do contrato de prestação de serviços", afirma Brito Neto.O PL 2650 tramita, em caráter conclusivo, nas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.Íntegra da proposta:- PL-2650/2007
Reportagem - Janary JúniorEdição - Renata Tôrres